sexta-feira, 3 de junho de 2011

Voleibol

Histórico
O voleibol foi criado nos Estados Unidos, no dia 9 de fevereiro de 1895, pelo diretor de educação física da ACM (Associação Cristã de Moços de Massachusetts) William George Morgan.
Ao inventar o voleibol e suas regras, Morgan tinha como objetivo principal a criação de um esporte sem contato físico entre os jogadores. Desta forma, ele pretendia oferecer às pessoas (principalmente aos mais velhos) um esporte em que as lesões físicas, provocadas por choques entre pessoas, seriam raras.
 
Primeiros anos do esporte 
Nos primeiros anos, o voleibol ainda não contava com uma bola específica, sendo praticado com uma câmara da bola de basquete. A rede era improvisada, a mesma usada nas partidas de tênis. Neste período, o esporte era conhecido por Mintonette. Com o passar do tempo, foi ganhando o nome popular de volleyball, que acabou se tornando oficial. 
Dados
Um set no jogo de Voleibol dura aproximadamente 25 minutos. Como durante um set cada time toca na bola aproximadamente 150 vezes e cada contato dura menos de um décimo de segundo, podemos concluir que nos os 25 minutos do set, somente durante 30 segundos alguém estará em contato com a bola. (150 toques na bola x 0.1 segundos x 2 equipes). Isso significa que sua equipe terá aproximadamente 15 segundos de "posse de bola". Mesmo que a equipe vencedora tenha, teoricamente, mais "posse de bola" que o time perdedor, o tempo adicional é desprezível. Provavelmente menos de um segundo. A diferença entre ganhar e perder depende de como usar os seus 15 segundos melhor que os 15 segundos do adversário.

Obviamente, pensamos que o domínio perfeito dos fundamentos garantirá o melhor uso destes 15 segundos. Porém, tão ou mais importante que as ações executadas durante os 15 segundos de contato com a bola, é o que fazemos durante os outros 24 minutos e 45 segundos. Para controlar a bola efetivamente, os jogadores precisam saber o que fazer durante o tempo que estiverem sem ela ( a maior parte do tempo). Por isso os primeiros fundamentos na lista abaixo requerem bastante atenção e importância dos técnicos:

Movimento no espaço da quadra.
Movimento em relação a bola: Tempo e espaço.
Percentual de participação de cada fundamento no total do jogo.
Saque l3%
Levantamento 20%
Ataque 21%
Recepção de saque 12%
Bloqueio 20%
Defesa 14%

REGRAS BÁSICAS

As equipes são divididas por uma rede que fica no meio da quadra. O jogo começa com um dos times que devem sacar.Logo depois do saque a bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no seu campo usando qualquer parte do corpo (antes não era válido usar membros da cintura para baixo, mas as regras foram mudadas). O jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo adversário sendo permitidos dar três toques na bola antes que ela passe, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a bola caia é ponto do time adversário.
O jogador pode encostar na rede (desde que não interfira no andamento do jogo), exceto na borda superior, caso isso ocorra o ponto será para o outro time. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais toques seguidos na bola, exceção no caso do toque de Bloqueio.
 
A equipe:
É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos
 
A quadra de jogo:

É retangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com uma rede no meio colocada a uma altura variável, conforme o sexo e a categoria dos jogadores (exemplo dos séniores e juniores: masculino -2,43 m; femininos 2,24 m).

Há uma linha de 3 metros em direção do campo para a rede, dos dois lados e uma distância de 6 metros até o fim da quadra. Fazendo uma quadra de extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros de lado a lado.



 
POSICIONAMENTO BÁSICO DOS JOGADORES



1-Defensor da Direita
2-Saida de Rede
3-Levantador
4- Entrada de Rede
5- Defensor da Esquerda
6-Defensor Central


FUNDAMENTOS

SAQUE

O saque ou serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrisar na quadra adversária. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente controlando a aceleração e a trajetória da bola.
Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a quadra do adversário sem ser tocada pelo adversário - é denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como o tênis.
No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:

•Saque por baixo ou por cima
•Jornada nas estrelas
•Saque com efeito
•Viagem ao fundo do mar
•Saque oriental



MANCHETE

É uma técnica de recepção realizada com os antebraços unidos e com os braços estendidos, o movimento da manchete tem início nas pernas e é realizado de baixo para cima numa posição mais ou menos cômoda, é importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precisão e comodidade no movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa altura, e que não tem chance de ser devolvida com o toque. É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais para o líbero mas também é empregada por alguns levantadores para uma melhor colocação da bola para o atacante.


TOQUE

Posição das mãos - Coloque as mãos sobre a cabeça e coloque seus dedos indicadores e os polegares juntos. Agora você deve estar olhando por uma "janela" que esses dedos fazem. Posicione suas mão para que se a bola for pequena suficiente para passar pela sua "janela" bem no centro dela, a bola deveria lhe atingir bem nos olhos. Agora coloque seus dedos juntos (deixando retos e tocando apenas tocando com as pontas dos dedos). Assim que você tirar seus dedos você vai sentir como se a bola encaixasse perfeitamente quando ela vai tomando uma certa distância. Essa distância será a posição em que você começará antes de tocar na bola.


ATAQUE
O ataque é, em geral, o terceiro contato de um time com a bola. O objetivo deste fundamento é fazer a bola aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos contados ("passada"), salta e então projeta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contato.

O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas individuais de ataque:

Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador que não se encontra na rede, ou seja, por um jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante não pode pisar na linha de três metros ou na parte frontal da quadra antes de tocar a bola, embora seja permitido que ele aterrisse nesta área após o ataque.
Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória da bola no ataque, em relação às linhas laterais da quadra. Uma diagonal de ângulo bastante pronunciado, com a bola aterrissando na zona frontal da quadra adversária, é denominada "diagonal curta".
Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-la aterrissar o mais rápido possível na quadra adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de aproximadamente 200 km/h.
Largada: refere-se a um ataque em que jogador não acerta a bola com força, mas antes toca-a levemente, procurando direcioná-la para uma região da quadra adversária que não esteja bem coberta pela defesa.
Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio oponente de modo a que ela, posteriormente, aterisse em uma área fora de jogo.
Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas reduz a força e consequentemente sua aceleração, numa tentativa de confundir a defesa adversária.
Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por um dos jogadores que está na rede quando a equipe recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).


Bloqueio
Bloqueio triplo.O bloqueio refere-se às ações executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posições 2-3-4) e que têm por objetivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.

Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objetivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima da quadra adversária e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direção ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola é direcionada diretamente para baixo em uma trajetória praticamente ortogonal em relação ao solo, é denominado "toco".

Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direção à sua própria quadra.

O bloqueio também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".




SISTEMAS DE JOGO

SISTEMA "4x2"

Este sistema, pode ser realizado “com” ou “sem” infiltração (jogador do fundo vai para a frente, após o saque, com o a finalidade de realizar o levantamento). Iremos abordar somente o “sistema 4x2 sem infiltração” com recepção em “W”.Neste sistema, haverá sempre troca de posições, para que os alunos/atletas mais preparados para o levantamento estejam sempre protegidos, e portanto não recebam o saque (1ª bola), para que possam realizar o levantamento (2ª bola), na sempre na posição '3' (podendo ser em outras posições, apresentadas em niveis mais avançados), aumentando a eficiência do ataque. Abaixo os posicionamentos nos três primeiros rodízios, do sistema 4x2 sem infiltração, com recepção em “W”:


Legenda

L--> Levantador A--> Atacante

SISTEMA 5X1

As equipes que adotam o sistema de ataque 5-1 (1 levantador e 5 atacantes) se deparam com uma, digamos, limitação nos três rodízios em que o levantador está na rede. Uma ofensiva e uma defensiva.
Ofensiva: contam com menos 1 atacante, nos rodízios em que o levantador está na rede. Tal limitação diminuiu bastante com a introdução (a partir da década de 80) de jogadores atacando bolas rápidas, atrás da linha de ataque. Isto é, no voleibol moderno de alta competitividade algumas equipes utilizam os 5 atacantes na mesma ação ofensiva.
Defensiva: o levantador está presente em 3 rodízios. Historicamente o levantador sempre foi o jogador de menor estatura da equipe e, consequentemente, menor capacidade (alcance) para bloquear. Sobretudo por essa razão, os adversários optam por finalizar o ataque nos pontos que estes se encontram, ou seja, de modo geral, são "pontos fracos" do bloqueio.
A Inversão do 5-1 é uma tática criada tendo em vista minimizar essas limitações. Consiste em realizar duas substituições: 1 atacante na pos. 4 e, concomitantemente, um levantador na pos. 1. Com isso, a equipe fica com 3 atacantes na rede o que, presumivelmente:
- aumentará o potencial da equipe para bloquear;
- aumentará a capacidade para atacar (considerando a maior facilidade para o ataque na proximidade da rede).
O potencial para bloquear aumentará bastante se o atacante for um exímio bloqueador. Para atacar, se o atacante possuir for especialista, por exemplo, em bolas altas, em bolas de velocidade, etc...